O Tempo do Fim
“Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios”. I Timóteo 4:1
“Satanás (operará) com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira, e com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos. É por este motivo, pois, que Deus lhes manda a operação do erro, para darem crédito à mentira”. II Tessalonicenses 2:9-11
Vivemos no tempo do fim. Os sinais declaram que Jesus Cristo está voltando. Pragas e juízos já estão caindo sobre os que desprezam a graça de Deus. As calamidades, as instáveis condições da sociedade, os rumores de guerra, são assombrosos e anunciam a aproximação dos agentes do mal, que estão combinando suas forças e se consolidando e se robustecendo para a última grande crise, a grande tribulação. É o prenúncio da aproximação do grande e esperado evento – o arrebatamento da igreja. Aleluia!
Não existe certeza em nada que seja humano ou terreno. Há tempestades, terremotos, incêndios, enchentes, homicídios de toda espécie. Onde está a segurança? Prontamente, os homens se reúnem sob a bandeira de sua própria escolha, cerrando fileiras para a Nova Era, sob a liderança do primeiro e grande apóstata – Satanás. Eles não creem de alma e coração que temos um inferno a evitar e um céu a alcançar.
Os homens se empurram uns aos outros, brigam pelas mais altas posições. Sobem e descem rapidamente. Os amantes do prazer são dominados pela maior excitação. Satanás, vendo que seu tempo é curto, tem posto em operação todos os seus agentes a fim de que os homens sejam enganados, seduzidos, ocupados e enlaçados até que o dia da graça se finde e a porta da misericórdia se feche para sempre. Os pecados que demandaram a vingança sobre o mundo antediluviano, existem hoje, pois os homens baniram o temor de Deus dos corações. Mateus 24:38,39 - “Assim como nos dias anteriores ao dilúvio... Assim será também a vinda do Filho do Homem”. (simplificado)
Os que estão esperando, vigiando, pregando a sã doutrina e trabalhando pela vinda de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, não são compreendidos. De um lado, pelos professos seguidores de Cristo que, hoje, estão comendo e bebendo com os ébrios, participando das vestimentas mundanas, insensíveis ao apelo da Palavra e o Espírito para a sã doutrina – “vesti-vos com pudor e decência”. Estes se encontram longe de chegar ao CENTRO. De outro lado, não são compreendidos pelos críticos, murmuradores, que confiam nas próprias vestes, passando do CENTRO (Cristo, o centro de nossa vida). Nunca foram cristocêntricos, ultrapassam a revelação divina. Tomados de complexos pessoais, inseguros, partem para o radicalismo farisaico, com proibições humanas. Seus nomes se acham no rol de membros dos honrados livros e fichários da igreja, mas, nunca, arrolados no céu – Apocalipse 22:18-19.
Confiados nas próprias vestes: Eva, de posse do mandamento de Deus, simples e suficiente – “dela não comerás” – acrescentou as suas próprias palavras – “nem nele tocareis”. Essas eram palavras de Eva, e não de Deus. Isso evidenciava que ela estava fora do verdadeiro terreno de simples confiança em sujeição à Palavra de Deus: – Salmos 17:4 - “Quanto às ações dos homens, pela palavra dos teus lábios, eu me tenho guardado dos caminhos do violento”.
Assim, ambos os lados, acima mencionados, procuram roubar a Palavra de Deus, e, por consequência, a bem-aventurança da obediência. Há bênção em cada ato de obediência. Contudo, no que a alma hesita, o inimigo tem a vantagem. Os infiéis podem chamar essa atitude de obediência cega, mas nós a consideramos obediência inteligente. O cristão não tem de se corromper com os complexos, recalques, insegurança e ciúmes do coração de determinados líderes. Não se aprende nos erros, mas saindo deles.
O homem natural determina para sua mulher e filhos o que desejar – Ele é a cabeça da mulher.
Quem determina para a esposa do Cordeiro e filhos de Deus é a PALAVRA E O ESPÍRITO.
No momento em que Adão ouviu a voz do Senhor Deus, no jardim, temeu, porque, como ele próprio confessou, estava nu. Sim, nu embora tivesse sobre si a sua vestimenta. É evidente que essa veste nem sequer satisfazia a sua própria consciência. A vestimenta de Adão não poderia ocultá-lo dos olhos de Deus – fora feita por ele, o que o incapacitava de comparecer perante o Senhor. Embora humanamente vestido, o pecado estava ali; e Deus e o pecado nunca podem se encontrar. Ao lado da consciência do que eu sou, existe a revelação do que Deus é. Deus é, em Cristo, o centro de nossa vida. A realidade do que eu sou é satisfeita pela realidade do que Deus é; e isso é salvação.
À luz do testemunho divino, Adão podia compreender a inutilidade do seu avental de folhas de figueira. O pecado de sua consciência tinha de ser tirado. Podia o homem fazê-lo? A morte tinha de ser abolida. Podia o homem fazer isso? Assim, seja qual for o modo de encarar o assunto, vemos a completa impotência do pecador, e, como consequência, a loucura insolente de todos os que procuram ajudar Deus na Sua perfeita obra da redenção. Muitos estão fazendo isso, pensando que podem ser salvos de qualquer outro modo que não seja pela graça, mediante a fé.
A túnica que Deus fez era uma veste eficaz, porque era dada por Ele. Do mesmo modo, o avental era uma veste ineficaz, porque era obra do homem. A túnica de Deus era baseada no derramamento de sangue; o avental de Adão, não.
O pecador pode sentir-se perfeitamente em segurança, quando, pela fé, sabe que Deus o vestiu. Todavia, achar descanso fora de Deus só pode ser resultado de presunção ou ignorância. Saber que a veste que uso, e na qual compareço na presença de Deus, é feita por Ele próprio, deve dar descanso ao meu coração. Não pode haver descanso verdadeiro, perfeito, em coisa alguma, a não ser em se estar nos termos da Palavra de Deus.
Vejamos um exemplo: Davi, ao levar a arca da casa de Abinadabe para Jerusalém em um carro novo, não chegou de imediato ao destino; desviou-a para a casa de Obede-Edom, o geteu, onde ficou por três meses, logo após a morte de Uzá, o levita. A fraqueza do homem foi trocada pela força da carne. Davi deixou de lado a orientação explícita sobre como a arca deveria ser transportada – Números 4:1-15 – e adotou um expediente filisteu – I Samuel 6:7,8. O serviço deve ser prestado como Deus quer, e não como o homem acha, mesmo com as melhores intenções. De nada servirá termos a expressão “dependência de Deus” nos nossos lábios, enquanto o nosso coração está, de fato, confiando em qualquer recurso da criatura. Deus não deixará nada por fazer. Ele fará tudo em favor daqueles que simplesmente depositam a sua confiança n'Ele.
Estejamos em alerta, porque a natureza estará sempre ativa e tentará impedir o brilho da graça e do poder divinos.
O patriarca Isaque estava às portas da eternidade, com a terra e a natureza afastando-se rapidamente da sua vista. No entanto, encontrava-se ocupado com um guisado saboroso, e prestes a agir em oposição direta ao desígnio divino, abençoando o mais velho em vez do mais novo. Em troca de uma caça, Isaque estava prestes a conceder a bênção a Esaú, que já havia vendido o direito de primogenitura por um guisado de lentilhas. Todavia, a determinação de Deus tem de subsistir, e Ele fará tudo o que lhe apraz. Os que exercem a fé sabem disso, e, no poder desse conhecimento, podem esperar o tempo de Deus. O Senhor não precisava de auxílio de elementos, como a esperteza de Rebeca e a impostura grosseira de Jacó, para conseguir os seus propósitos. Ele havia dito: o maior servirá o menor. Isso era o bastante. Bastante para a fé, mas não para a natureza, a qual tem sempre de adaptar os seus próprios meios e nada sabe do que é esperar em Deus. É muitíssimo agradável estarmos inteiramente dependentes DAQUELE que encontra gozo infinito em nos abençoar. Leiamos: Salmos 141:8; Salmos 125:1; Salmos 120:1 e Salmos 40.
Ninguém pode ensinar como Deus. Somente Ele pode produzir na consciência a verdadeira compreensão do pecado e levar a alma aos profundos recessos de sua própria condição na Sua presença. Isto é trabalho d’Ele. Confiemos, portanto, na revelação de Sua poderosa Palavra. Aleluia!
A vontade própria nunca pode ser útil no serviço de Deus; pelo contrário, tem de ser desprezada, se quisermos saber o que é o verdadeiro serviço. Existe, infelizmente, muita coisa que é considerada serviço, mas que, julgada à luz da presença divina, seria reconhecida apenas como o fruto de uma vontade inquieta.
O coração é tão enganoso que podemos ser levados a imaginar que estamos fazendo a obra do Senhor, quando, na realidade, estamos apenas buscando a nossa própria complacência. Obedecer é melhor que sacrificar. Estar ao lado do Senhor envolve a renúncia da vontade própria; sim, a própria rendição. E isso é essencial ao serviço verdadeiro ou ao verdadeiro servo. Saulo de Tarso, por exemplo, perguntou: “Senhor que queres que eu faça?” Não podemos negar o senhorio de Cristo.
Em relação a Abraão, o que Deus esperava dele não era o sacrifício de Isaque, e sim a prova da fé do patriarca.
Abraão foi submetido à última prova de sua fé. Era a vida de um homem (Isaque) que Deus tinha pedido, e foi essa vida que aceitou em obediência. Contudo, foi rejeitado em virtude de sua imprestabilidade. Então, foi providenciado o carneiro, que é o tipo do Cordeiro de Deus que TIRA o pecado do mundo. A nossa vida é propriedade divina e devemos entregá-la a Ele, podendo ocorrer a nossa morte por amor ao Evangelho. Contudo, nossa vida nunca será entregue em sacrifício vicário, e sim em consagração.
A Bíblia é o livro da história de Deus lidando com pecadores. Do contrário, não seria o livro de Deus, seria dos homens, porque eles tudo fazem para que seus pecados não sejam descobertos.
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